O Parkinson é uma doença neurológica que compromete os movimentos, comumente associada a pessoas idosas. Os sintomas mais conhecidos são os tremores, a lentidão dos movimentos, a rigidez muscular e alterações na fala e na escrita. Hoje em dia, é possível interferir no processo de evolução da doença, através de tratamentos que aliviam os sintomas, controlam o desenvolvimento da doença e permite que os pacientes realizem atividades e mantenham a qualidade de vida.
A doença de Parkinson não se apresenta da mesma maneira para todos as pessoas. Como o começo da doença se apresenta de maneira leve, a maioria das pessoas não os percebe no início. Geralmente, é o tremor que chama atenção e dos familiares e dos médicos, pois ele aparece em repouso, quando, por exemplo, a pessoa está com os braços parados, lendo uma revista. Esse tremor pode desaparecer rapidamente, ao realizar qualquer movimento voluntário.
A grande característica da doença de Parkinson é a acinesia, ou seja, a ausência ou a pobreza dos movimentos físicos. Isso pode ser notado em vários aspectos:
- Há uma redução do tamanho da caligrafia (micrografia);
- Os passos se tornam menores;
- A voz se torna monótona;
- Com o encurtamento dos passos, o paciente curva a cabeça e o tronco, o que causa desequilíbrio e as quedas, que são comuns.
- Perde-se a amplitude do movimento, a extensão de cada gesto;
Isto acontece devido à um distúrbio bioquímico que a doença causa, fazendo com que os circuitos motores trabalhem de forma mais lenta. Geralmente, o Parkinson afeta primeiro um lado do corpo, e só depois passa para o outro. Por isso, é comum notar que a pessoa – ainda não diagnosticada – balança apenas um dos braços ao andar, ou dá um passo menor com uma perna.
Para que o paciente se mantenha ativo e com mais qualidade de vida, o tratamento deve ser composto por medicação e estímulos, através de atividades complementares. Essas atividades não apenas melhoram a integração da pessoa e a auto-estima, como também auxilia que o paciente se torne mais independente, dentro dos limites do Parkinson.
Para isso, deve-se trabalhar os pontos mais prejudicados pela doença: mobilidade, coordenação, velocidade dos movimentos, cuidados pessoais e socialização. A fisioterapia se torna uma grande aliada dos pacientes, pois não se limita à melhorar a função motriz, potencializando também a estimulação cognitiva.
Para isso, a reabilitação é composta por exercícios motores, treinamento de marcha com ou sem estímulos externos, exercícios respiratórios e treinamento de atividades diárias. O Fisioterapeuta busca não apenas estimular a habilidade para caminhar e executar tarefas do dia a dia. Busca-se, também, aumentar a qualidade de vida do paciente e da família, que deve ser envolvida em todo o processo.
Como a doença é progressiva, a reabilitação não deve ser planejada apenas a curto prazo. O ideal é que a fisioterapia se torne parte do estilo de vida do paciente, iniciando logo que se estabeleça o diagnóstico do Parkinson, buscando a prevenção da atrofia muscular, da fraqueza e da redução da capacidade de realizar exercícios.