BLOG

Rua Anitápolis, 337 - Esq. com a R. Dom Felipe - Vila Real 88337-520 - Balneário Camboriú
(47) 98480-4003
(47) 3363-4003

Ataxia: conheça os sintomas dessa desordem neurológica

A ataxia é a incapacidade de coordenação, sendo um conjunto de sintomas geralmente devido a danos no cérebro, nos nervos ou nos músculos. Ela se caracteriza pela perda da coordenação dos movimentos voluntários, sendo parte do quadro clínico de diversas desordens neurológicas.

Os movimentos voluntários são aqueles que planejamos e executamos de forma consciente, enviando estímulos sensoriais para o cérebro. As ataxias são os sintomas que afetam a coordenação desses movimentos, sendo normalmente associadas a condições médicas ou neurológicas degenerativas do sistema nervoso, que comprometem os movimentos de várias regiões do corpo, o equilíbrio, o tônus muscular, a deglutição e a fala.

Entre as possíveis causas pelas ataxias, estão:

Trauma craniano

Tumores cerebrais

Derrame ou hemorragia cerebral

Pós-infecção

Hipotiroidismo

Deficiência de vitaminas

Esclerose múltipla

As ataxias podem ser hereditárias ou adquiridas. No primeiro caso, as ataxias são um conjunto de doenças cujo fator comum são geneticamente determinados. Elas podem ser autossômicas recessivas (um gene recessivo de cada pai) ou autossômicas dominantes (um gene dominante de um dos pais).

As ataxias adquiridas não possuem relação com a genética, podendo ser causadas pelo abuso de álcool, drogas, intoxicação por metais pesados ou por disfunções do sistema neuro imunológico, como a esclerose múltipla.

De acordo com a idade de início dos sintomas e a evolução do processo degenerativo, as ataxias podem ser classificadas em:

Ataxia telangiectasia (AT) ou síndrome de Louis-Bar: é uma condição hereditária, que acomete bebês e crianças pequenas. O sinal mais comum da doença é o aparecimento de “aranhas vasculares” (vasos sanguíneos dilatados) nos cantos dos olhos, na pele do rosto e na orelha. Além das dificuldades motoras, o paciente apresenta fala arrastada, oscilação rápida e involuntária dos olhos e o comprometimento do sistema imunológico, tornando-os mais vulneráveis.

Ataxia episódica (AE): existem sete tipos de ataxia episódica, estando presente em todos as dificuldades decorrentes da falta de coordenação motora e perda de equilíbrio. Embora sejam mais comum na adolescência, podem surgir a qualquer idade e silenciar na meia idade.

Ataxia espinocerebelar: faz parte de um grupo de doenças genéticas neurodegenerativas causadas pela herança autossômica dominante, que afetam o cerebelo e suas conexões. As manifestações surgem, em geral, na vida adulta. Os sintomas mais comuns apresentados são: perda progressiva da coordenação da marcha, dos movimentos da mão, dos olhos, os distúrbios da fala e o início tardio das manifestações clínicas. Outros sintomas possíveis são a rigidez muscular, diminuição da sensibilidade nos pés e nas mãos, incontinência urinária, perda da memória e cegueira. 

Ataxia de Friedreich (FRDA): é o tipo mais comum de ataxia genética progressiva, transmitido por via hereditária autossômica recessiva. O início dos sintomas ocorre, geralmente, na infância ou adolescência. Os sintomas abrangem a dificuldade na coordenação dos movimentos para caminhar e sintomas indicativos de comprometimento neurológico. Entre eles, a disartria, a perda de reflexos, da força e das sensações nos braços e nas pernas, a rigidez muscular, as deformidades ósseas na coluna e nos pés, o enfraquecimento do músculo cardíaco.

Ataxia cerebelar idiopática de início tardio (ILOCA): geralmente se manifesta depois dos 20 anos de idade. Entretanto, nesses casos, a causa das alterações degenerativas progressivas, que acometem o cerebelo, permanece desconhecida.

Os sintomas clínicos da ataxia variam muito e estão diretamente ligados a idade em que aparecem e também com o tipo e evolução da desordem, podendo afetar todas as partes do corpo e causar diversos problemas de saúde. Nos estados mais avançados do distúrbio, o equilíbrio e a locomoção podem ser prejudicados, fazendo com que a pessoa dependa de cadeiras de rodas ou andadores para se movimentar.

O tratamento da ataxia busca a corrigir a causa dos sintomas, para promover a recuperação do paciente. Quando isto não é possível, a fisioterapia busca a utilização de dispositivos adaptados para permitir que o indivíduo mantenha o máximo de autonomia no seu dia a dia.

O tratamento é sintomático e tem como principal objetivo retardar a progressão do distúrbio, controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, garantindo ao paciente a máxima independência e autonomia para realizar as atividades diárias. A Fisioterapia atua principalmente no equilíbrio e coordenação motora, melhorando a harmonia dos movimentos, apresentando uma série de exercícios que irão estimular a precisão dos movimentos dos membros e, se possível, trabalhar a marcha do paciente.

Confira mais sobre a ataxia nesta vídeo aula:

COMPARTILHAR:

VEJA TAMBÉM: