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5 PROBLEMAS ORTOPÉDICOS MAIS COMUNS EM BEBÊS

Sabemos que a maternidade, especialmente para os papais de primeira viagem, pode trazer muitas dúvidas e angústias.  

Por isso, hoje vamos mostrar 5 condições ortopédicas bastante comuns em bebês para que os papais e mamães estejam atentos aos sinais que podem aparecer em seus pequenos.   

Então vamos lá! 

PÉ TORNO CONGÊNITO: 

Chamamos de pé torto congênito uma alteração nos ligamentos, músculos, tendões e ossos do pé que acontece ainda na gestação. Ainda não se sabe por que isso ocorre, mas é provável que influências genéticas e ambientais possam estar relacionadas a esse problema. É muito importante ressaltar que o PTC não está associado a nada que os pais tenham ou não feito durante a gestação, portanto não existe motivo para se sentir culpado. 

Considerando as estatísticas mundiais, cerca de 1 a cada 1000 bebês nascem com PTC, sendo, portanto, uma das condições mais comuns entre as más-formações congênitas. Em 50% dos casos, os dois pés são acometidos. Recomenda-se que o tratamento seja feito nos primeiros meses de vida. 

DEDO EM GATILHO CONGÊNITO: 

Dedo em gatilho congênito é uma condição caracterizada pela postura fixa em flexão da articulação interfalangeana do polegar. 

Apesar do nome, dificilmente é observado desde o nascimento e a maior parte dos cirurgiões não acredita que seja realmente algo congênito. 

Geralmente é visto a partir dos seis meses de idade e é ocasionado por uma alteração tendínea. Muitas vezes há a existência de um nódulo no tendão (chamado de nódulo de Notta). 

O tratamento dependerá da idade da criança e da duração dos sintomas. 

Um período inicial de observação/ alongamento geralmente é indicado. Casos que não se resolveram com as medidas iniciais têm indicação cirúrgica. 

TORCICOLO CONGÊNITO: 

É uma alteração onde a criança mantem a cabeça inclinada para um lado e tem dificuldade de virar para o lado oposto. Geralmente é descoberto entre 6 e 8 semanas de vida. Pode-se observar ainda uma saliência ou massa no pescoço, que é indolor e está ligada ao músculo do pescoço (esternocleidomastoideo) no lado em que a cabeça está inclinada. A massa em geral regride gradualmente até o quarto ou sexto mês de vida. 

Uma das prováveis causas do torcicolo (e displasia do quadril) está ligada pressão intrauterina, uma vez que esse órgão atua como uma “embalagem” para o bebê e devido a uma posição inadequada da cabeça pode haver um dano ao músculo. O tratamento deve ser iniciado assim que descoberto o problema e a maioria dos casos pode ser resolvido através da fisioterapia. 

DISPLASIA DE QUADRIL: 

A displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) é uma alteração na formação da articulação do quadril em que a cabeça do fêmur (esfera que fica na parte superior do osso) não é mantida com firmeza em seu encaixe no osso da bacia. Isso pode ocorrer porque os ligamentos e a cápsula da articulação do quadril, devido a uma grande elasticidade, não conseguem manter o quadril encaixado. 

Já no primeiro exame do recém-nascido e em todas as avaliações do pediatra as articulações do quadril devem ser testadas à procura dos sinais de instabilidade. Quanto antes diagnosticado, mais fácil será o tratamento: 

Recém-nascidos: uso de um tipo de suspensório 

Entre 6 meses e 1 ano: aparelho de gesso 

Maiores de 1 ano: pode ser necessária a intervenção cirúrgica. 

MARCHA NA PONTA DOS PÉS: 

É muito comum as crianças andarem na ponta dos pés, sobretudo, até os dois anos de idade. A esse padrão de marcha chamamos de “Equino”, devido ao fato de os cavalos, de fato, andarem na ponta dos pés, como analogia ao pé humano. Muitas vezes essa atitude se torna um hábito e pode ocorrer por mais tempo, mas em alguns casos pode haver uma doença subjacente. O equino pode estar relacionado com algumas doenças que levam a pelo menos uma das seguintes situações: encurtamento do tendão de Aquiles, fraqueza nos membros inferiores ou alterações de sensibilidade e equilíbrio nos pés. Entre eles, podemos citar o autismo, que interfere na parte de sensibilidade e equilíbrio e paralisia cerebral e amiotrofias, que acometem a força e a seletividade motora. 

O tratamento, obviamente, depende da causa de base, mas pode ser realizado de três maneiras: 

Casos leves e iniciais: fisioterapia associada a uma tala noturna; 

Casos com mais restrição: troca de gessos – sendo um gesso por semana – para alongamento da porção posterior da perna. 

Pacientes mais velhos e com maior restrição para dorsiflexão (movimento do pé para cima) pode ser realizado um alongamento cirúrgico do Aquiles.  

O Equino é uma doença tipicamente progressiva, independente da causa. Isso decorre do fato que andar na ponta dos pés gera um encurtamento do Aquiles e esse encurtamento agrava essa forma de andar, entrando em um ciclo vicioso, portanto quanto antes for descoberta a causa e realizado o devido tratamento, melhor. 

Esteja alerta mas não se desespere pois você não está sozinho! Estas situações são bastante comuns e quando tratadas precocemente, podem em sua maioria ser resolvidas apenas com tratamento fisioterapêutico.  

Por isso, se perceber qualquer alteração no seu bebê, busque imediatamente orientação de um fisioterapeuta ou ortopedista pediátrico.  

Ficou com alguma dúvida? Escreva nos comentários!   E não esqueça de indicar este conteúdo para outras pessoas que possam estar precisando!

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