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A neuroplasticidade como aliada da fisioterapia

A neuroplasticidade ou plasticidade neural é a capacidade que nosso sistema nervoso central (SNC) tem de mudar e se adaptar a um novo nível estrutural/funcional quando exposto a uma nova realidade ou experiência. É a partir dela que nos adaptamos a eventos traumáticos ou lesões.

Essa capacidade pode permitir readaptações simples, como a interpretação de como comer com garfo e faca e não mais com colheres, por exemplo; e readaptações mais complexas, ocasionadas por lesões, que geram uma busca por recuperação dessas funções perdidas ou o fortalecimento de funções semelhantes.

A neuroplasticidade é maior na infância, afinal o cérebro das crianças está continuamente recebendo estímulos que são novidades. É nos primeiros anos de vida que estamos mais sensíveis para o desenvolvimento, principalmente até os cinco anos. Mas isso não quer dizer que a neuroplasticidade acaba com o passar dos anos: mesmo com a idade avançada, o cérebro ainda é capaz de aprender.

Aprender a dar os primeiros passos, se alimentar sozinho ou tomar banho, por exemplo, são atividades que geram alterações no funcionamento do cérebro, alterando inclusive a estrutura neurológica. A neuroplasticidade pode ser estimulada positivamente, como atividades físicas, por exemplo.

Neuroplasticidade e a fisioterapia

O cérebro tem a capacidade de se adaptar ao meio e fazer mudanças na sua própria estrutura para se adequar a novas situações. E essas reorganizações ocorrem ao longo de toda a vida. Nos casos de lesões cerebrais, com o tratamento correto, pode haver as reconexões dos circuitos neurais, devido a neuroplasticidade.

O conceito de neuroplasticidade é muito importante na fisioterapia, pois representa o avanço no processo de reabilitação, afinal o processo de recuperação depende da reorganização dos circuitos que foram separados nas lesões. A atuação da fisioterapia, estimulando os padrões normais de movimentos e inibindo os padrões anormais é capaz de aumentar e acelerar o processo de recuperação funcional cerebral.

Ou seja: a atuação correta na reabilitação da neuroplasticidade é fundamental para a recuperação das funções motoras

Como nosso cérebro aprende?

O poder da neuroplasticidade é algo surpreendente. Mais do que mudar o funcionamento do nosso cérebro, ela é capaz de guiar nossos pensamentos e atitudes. Por isso, é sempre importante estar atento com os livros, vídeos e conteúdos que consumimos, para que haja um estímulo positivo.

Segundo estudos, a capacidade de absorção do nosso cérebro muda conforme o modo que é estimulado. Lendo nosso cérebro capta 10% das informações. Ouvindo, 20%. Observando, 30%. Vendo e ouvindo, 50%. Discutindo com os outros, 70%. Fazendo, 80%. Ensinando, 95%.

Nosso Sistema Nervoso Central é algo muito poderoso, e ao entendermos como ele funciona, fica mais fácil estimulá-lo positivamente e usufruir desta capacidade.

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