A hipotonia é uma diminuição do tônus muscular, sendo considerado, na grande maioria dos casos, um sintoma de disfunção neurológica. O tônus muscular é um estado de tensão constante a que estão submetidos os músculos em repouso. É a resistência do músculo ao estiramento.
Estima-se que aproximadamente 30 a 50% das crianças com autismo têm perda de moderada a grave de tônus muscular. O diagnóstico costuma ocorrer em bebês logo após o nascimento, mas a hipotonia também aparece em crianças maiores.
CONSEQUÊNCIAS DA HIPOTONIA:
-Músculos lentos para iniciar uma contração
-Dificuldade na contração muscular total
-Dificuldade em manter o tempo de contração levando a fadiga e baixa resistência muscular
-Alterações de controle postural podendo levar a deformidades posturais
-Favorecimento da sedestação em W
-Dificuldades no desfralde por modificar o controle e posicionamento da musculatura do assoalho pélvico
-Alterações no equilíbrio favorecendo a marcha na ponta dos pés
-Alterações de alinhamento e hipermobilidade articular
-Dificuldade em manter-se sentado na carteira escolar dificultando o aprendizado pedagógico
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:
-A hipotonia está associada a outras anormalidades no TEA e pode ser um marcador precoce de maior gravidade dos sintomas autistas e menor qualidade de vida em crianças pequenas com TEA;
– Mais estereotipias motoras e início tardio da marcha independente;
A hipotonia geralmente é diagnosticada durante o primeiro ou até o segundo ano de vida.
O diagnóstico geralmente é realizado pela observação clínica e em seguida por exemes solicitados por um especialista.
Cabe destacar que a hipotonia é diferente da fraqueza muscular, mas algumas vezes pode ser difícil distinguir as duas condições.
Quanto mais precoce for à detecção do quadro, maiores serão as chances da criança ter um tratamento adequado.
O trabalho do profissional fisioterapeuta é imprescindível nos casos de hipotonia. Através de recursos terapêuticos podemos auxiliar no fortalecimento muscular, controle postural e nas demais alterações motoras presentes em indivíduos com autismo.
Negligenciar as alterações motoras no TEA pode impactar a autonomia desses indivíduos na vida adulta.
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