Você sabia que bebês prematuros podem estar mais propensos a adquirir assimetrias cranianas?
Sim, isso é algo bastante recorrente e ainda pouco falado ou prevenido, seja em casa ou dentro dos próprios hospitais para casos de prematuros que precisam de internação hospitalar.
Recém-nascidos prematuros apresentam algumas condições favoráveis ao aparecimento da assimetria craniana, tais como:
–os ossos do crânio são menos rígidos, com um maior percentual de componente cartilaginoso e por isso são mais maleáveis;
-quanto mais novo o bebê, maior a velocidade com que o crânio aumenta de tamanho, e com a mesma rapidez a cabeça também muda de formato.
Além disso, bebês prematuros nascidos antes das 37 semanas possuem uma maior desproporção entre cabeça e corpo, o que deixa o peso da cabeça maior em relação ao corpo e consequentemente o apoio da cabeça do bebê quando deitado, também é mais intenso nesta parte favorecendo algum tipo de achatamento na parte apoiada da cabeça.
Grande parte das incidências de assimetrias cranianas em bebês prematuros se dá devido às internações hospitalares que se fazem necessárias nas primeiras semanas de vida para muitos casos, Os bebês internados ficam muito tempo na mesma posição (até pelo fato dos acessos necessários para medicamentos, etc) e com o mínimo de manipulação possível a fim de evitar infecções e outros problemas. Neste período, podem ocorrer achatamentos de crânio que já poderiam ser prevenidos nos próprios hospitais mas que raramente são observados.
Dependendo da postura adotada neste período o bebê pode evoluir para um dos tipos de assimetria craniana posicional:
-plagiocefalia
-braquicefalia
-escafocefalia
Para que haja menos chances de que o bebê prematuro desenvolva a assimetria craniana, uma das medidas mais eficazes ainda é a alternância das zonas de apoio de cabeça enquanto o bebê estiver deitado (mantendo a barriguinha para cima, apenas alterando a posição da cabeça).
Para casos em que a assimetria já é visível ao nascimento, procure sempre a ajuda de um especialista que poderá tratar a situação inicialmente com reposicionamento e, para casos mais graves, através do uso de órteses (capacetinho).
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