A atuação e colaboração familiar é extremamente importante para os profissionais que trabalham com crianças que apresentam algum tipo de alteração no desenvolvimento neuromotor. Afinal, quando os pais e familiares participam das terapias, se engajam em realizar atividades e buscam aprofundar seus conhecimentos, o desenvolvimento da criança se dá de forma mais rápida e efetiva.

Assim como o início precoce da fisioterapia e dos tratamentos intensivos, o engajamento dos pais e familiares pode ter um grande impacto no desenvolvimento da criança. Muitos profissionais acreditam que a inclusão da família é uma das partes fundamentais para o processo de tratamento fisioterápico infantil, afinal o comprometimento e a participação dos adultos estimula positivamente o paciente.

Isto porque é necessário modificar as relações no ambiente natural da criança e não apenas no ambiente clínico. A colaboração dos pais favorece a adesão da criança ao tratamento, pois gera um ambiente de confiança, onde o paciente se sente seguro para realizar as atividades. 

Além disso, os pais podem fazer com que a casa se torne um ambiente estimulante e junto com o fisioterapeuta planejar brincadeiras e exercícios caseiros, que contribuem para a recuperação. A interação entre o fisioterapeuta e a família deve ser bem estabelecida, de modo que ocorra a troca de informações que contribuam para a definição dos objetivos funcionais, cognitivo e social em que a criança se encontra. Cabe aos profissionais, desde o início, ouvir as dificuldades e anseios da família e, a partir destas colocações, definir as metas de tratamento.

A partir do momento em que alguns movimentos são incorporados nas atividades diárias das crianças pela família, a reabilitação se torna mais eficaz, não deixando essa função somente para a hora da fisioterapia. O segredo da boa estimulação é aproveitar situações do cotidiano.

A reabilitação de uma criança envolve vários fatores, e cada caso deve ser estudado individualmente. Mas, com a participação dos pais, o tratamento pode se tornar menos desgastante para a criança.