O Transtorno do Espectro do Autismo é um transtorno de desenvolvimento que compromete a interação social e a comunicação, sendo identificado, geralmente, até os 3 anos de idade. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), o autismo é definido pela presença de déficits persistentes na interação social em múltiplos contextos e na comunicação.
A maioria dos pais suspeita de algo antes que as crianças atinjam 2 anos de idade, geralmente percebendo uma dificuldade em: brincar de faz de conta; ter interações sociais; na comunicação verbal e não verbal.
Os principais sintomas apresentados pelos autistas são:
- Visão, audição, tato, olfato ou paladar excessivamente sensíveis. Por exemplo, podem se recusar a usar roupas “que dão coceira” e ficam angustiados quando são forçados a usá-las.
- Ter uma alteração emocional anormal quando há mudança na rotina.
- Realizar movimentos repetitivos.
- Demonstrar apego anormal aos objetos.
As crianças nem sempre apresentam todos os sintomas, e eles podem ser agrupados em:
Interação Social
Não faz amigos;
Não participa de jogos interativos;
É retraído;
Evita ou não corresponde à contatos visuais;
Prefere ficar sozinho;
Resposta a informações sensoriais
Tem os sentidos ampliados ou diminuídos;
Pode achar doloroso os ruídos normais;
Evita contato físico;
Esfrega as superfícies, põe a boca nos objetos ou os lambe;
Nas brincadeiras
Não imita as ações dos outros;
Prefere brincadeiras solitárias ou ritualistas;
Não brinca de faz de conta ou com a imaginação;
No comportamento
Baixa capacidade de atenção;
Acessos de raiva intensos;
É hiperativo ou muito passivo;
Fica preso a um único assunto ou tarefa.
É importante ressaltar que o desenvolvimento físico não é afetado pelo transtorno, e que cada paciente pode apresentar um grau diferente de autismo.
O tratamento do autismo depende do grau de comprometimento da condição e da idade do diagnóstico, por isso envolve fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos e médicos, e visa incentivar o indivíduo a realizar, sozinho, tarefas do dia a dia. O diagnóstico precoce e o início do tratamento contribuem para um melhor prognóstico da condição. Mesmo não tendo cura, é possível que os pacientes tenham mais qualidade de vida.